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sábado, 12 de dezembro de 2009

Bad Religion, Amados e uma história

 Essa é uma pequena historia de um homem que perdeu suas chances e objetivos

Seu chão, seus territórios eram agora eram movediços

Não tinha certeza de mais nada.

Mas não era percepção subjetiva 

Era reflexo do seu redor, não só dele, mas ninguém tinha mais certeza

O cianureto cheira agora como rosas, que florescem durante a primavera.

E ele não podia negar:


"Meus amados, gostaria de negar que sabia que o abismo era tão negro"


E que ao contrario de tentar subir, nos debruçamos cada vez mais a olhar o seu fundo.

Como uma vontade individual de diferenciação e de uma incerteza. Que alarma a todos, mas aqueles que se julgam, e talvez sejam mesmo, espertos, sabem que não vale a pena forçar os olhos.

O mundo continua girando em uma direção e orbitando o Sol.


Aquilo que era puro e belo, hoje é incerto.


E assim, em uma corda, bamba, escorregadia e de fio tênue o mantém

Sobre um abismo, que não deixa que seu fundo seja avistado

Enquanto palavras vomitam condolências e sua mente pulsa.

Mas essa corda ainda tem bastante fio até arrebentar

E ainda há outras onde se agarrar, algumas que ainda não arrebentaram.

E tal como os remendos que fazemos no mundo

Nosso personagem amarra cada vez mais para que essa corda não arrebente.

Que ela suporte o suficiente para que ele ainda possa citar palavras

E para que seus olhos ainda possam enxergar o Sol

Antes que fique cego

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Assim

Assim, rapidamente
Lentamente e inerte
Se passava, enquanto voava
E se pensava, é um grande beco
invisível, palpável
Vidro

Abria-se os braços
Sentia aquela musica escorrer por seus ouvidos
E a sensação que o fizera escrever fluía entre sua pele
por um instante, em meio a todo aquele caos
Sentia-se bem, um espasmo
Calma

Talvez vá ficar inerte por toda sua vida e mover-se somente na existência
Só um acidente para lhe mudar
Entrelaçar os braços no mais confortável corpo
E no seu banco de passageiro e a cabeça recostada no vidro
Sentia-se novamente completo, era como se aquilo fosse o que havia sido tirado de sua essência
Compreensão

Tentativa, passagem
Vida, desejo, vontade
Dor, sofrimento, morte e felicidade
Poder, moral e valor
Órgãos, sangue e ossos
Escassez, dúvida
Fonte
Vida
Existência

Contínuo...

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Longas lentas noites.

Esclarecem por escuridão e assim busca-se saida do já antes selado cofre.

A perspectiva é a mesma que se encontra ao mirar o horizonte de uma estrada que cruza o deserto, sob sede e sobre solo quente. E o Sol embriaga os ossos.


quarta-feira, 21 de outubro de 2009

De nada

o tudo vale.

Tudo vale para nada.

Embriago e destruido
Pedaços estão aqui, ao meu redor
A moda da desilusão
Por mais que se diga, nunca se há de entrar na mente

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Ar dor

Como entender o cerco
Se nem a minha alma compreendo
Das conjecturas do mundo onde as flâmulas refletem
Em solo que germes consomem
Idolatrando estruturas
O fim antes do começo do fim da verdade
Da ponte ao poente, da conexão ao isolado
O ar pesado que sufoca
Da triste noticia que transborda realizações
A agua suja que engasga
Do direcionamento e do momento
Da terra inculta
Agitação ansiosa e confusão de pensamentos
A dor não precisa de perspectivas
A esperança em fios de água, que escorrem no rochedo das escolhas
Se faz turbilhão ao encontrar quem
Em meio a toda indecisão, ainda se faz presente de tentar
E dão o fôlego para continuar
Por mais que existam tropeços, devaneios e confrontos
Ainda caminhamos, navegamos contra o vento do progresso
E alcançamos a ave de rapina
Além de sonhos
De sinais e placas
Em meio ao platô
Sereno e confuso
Para sempre ser fragmento, fragmentado e recriado

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Para meu amigo, os quatros que's, conjugações verbais e matérias transformadas.

As paredes tão brancas, pálidas, sem nem ao menos ter marcas das mãos que aqui passaram
Das lembranças que tivemos, das experiencias que compartilhamos, das incertezas que contamos
Relogios de parede, ponteiros cada vez mais rápidos,
Como as águas de um turbilhão ou fogo que consome papel embebido em combustivel
Do pequeno convite, aos botoes incontrolados sendo pressionados no jogo
Aqui começaria uma força, uma força que continua a 8 anos, talvez mais, talvez menos
É dificil ser exato, exatos são os momentos dividos e as risadas compartilhadas
As conversas proporcionadas, a confiança perpassada e recontada
Ver sua felicidade meu amigo, é ver-me feliz
Saber que você merece as expressões de amor e das paixões

Nunca inócuos e sempre compreensivos
Tardes ensolaradas de domingo e chuvas que fazem das ruas espelhos
Dos abraços sinceros e dos apertos de mão confiantes
Lembro-me e sinto o peso cair sobre minhas costas
Um poema é pouco a se fazer para tentar responder a toda essa nossa amizade
É o fardo mais pesado que podemos carregar, mas é o que mais desejamos estar conosco
A vontade de um abraço e o sopro de confiança ao contar
Aos ventos desembrulhar, dessa ingrime escalada para um cume cada vez mais alto
De certeza comum que a queda seria dolorosa, mas sempre uma mão estendida para segurar
É saber que amor metafísico da amizade, se materializa em provas concretas
Do cimento do edificio que ainda ecoam as gargalhadas e as lembranças
De um corredor extenso que se reconstrói e fortifica seus alicerces

O peso de escrever algo bom recaí sobre mim novamente
São inspirações que faltam? Poço seco de idéias?
Lembra-te, recorde-se.
Não mataria mas não deixaria morrer
Sempre foi convidar sem medo, arriscar em passos em uma escuridão de chão poroso
Sabendo da compreensão e ao qual nunca falaciei e nunca irei
Expor as costas nuas e saber que nunca há de vir um punhal
Das distâncias, que convenhamos, nem tão distantes
Mas fragmentárias e enfraquecedoras
Que não conseguem destituir algo tão solida como aço e transparente como puro vidro
Do crescimento conjunto, do crescimento do córtex e das discussões encaloradas
DO erro cometido que é sombra que ainda persegue
Das melodias embaladas como o sino que declara aos ceús a meia vida
Das telas em preto & branco que não mediam a estética
Melodias indicadas e que sejam parte de sua cognição!?

A limitação das palavras, me limita a me expressar, nessa tentativa talvez falha
Que enquanto escrevo, reconheço que sua amizade meu amigo,
é grande demais para ser simplesmente escrita ou proclamada em júbilos
Ou rimas pobres e sentimentos virtuais
Carrego comigo, até o túmulo nossas lembranças e memórias
Que virão de crescer cada vez mais e se fortalecer como se construíam castelos
Que este texto seja o pedaço de um gigante e crescente quebra cabeças
Que com audácia digo, que posso te chamar da maior e mais verdadeira amizade

Que tenho, terei e já tive.


Ando bem sem vontade de escrever, então um texto que escrevi a um tempo atras para um grande amigo. Com certeza está cheio de erros de português, mas nesse momento, nem vontade de escrever eu tenho, quem dirá corrigir erros de português.


Amo vocês.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Dor

Dói não pelo que li. E sim pelo que descobri que talvez sou, pelo que as pessoas são.
Por aquilo que eu talvez não poderei mudar.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Da compreensão(?), a escolha e do sofrimento dubitável

Serei o dente enferrujado da engrenagem da maquinaria prosaica
Dessa faca agora não cortante, mas que infligiu profundas feridas
Procuro esperanças em uma poça que seca cada vez mais
Esfregar as mais finas gotas nos lábios mais ressequidos
Ressecados de desgosto, tristeza, deprimidos e embebidos de ódio

Oh labirinto sufocante, sinto-lhes informar ao labirinto e a vocês
Não hei de me render
As correntes que prendiam, serão as armas
Para a defesa, nunca para o ataque
Vida regada com sobrevivência

Um dia morrer, mas nunca mais ter matado ou proporcionado
Sinto-lhes informar, não quero ser mais parte disso
Não comerei de sua carne, não adiantarei sua finitude
Não quero fazer disso tudo púlpito ou masmorra
Pregar ou ser pregado em praticas prisionais

Sinto que devo dizer isso, para que as palavras não me degolem
São minhas verdades conflituando-se com as vossas e "instituídas" verdades
Com questões que envolvem como sombras, e mostrando a densidade dessas paredes
E da ausência de luz que nos encontramos, e em atos encontramos brechas
Inalo profundamente minhas lembranças

É como dar o último suspiro, enquanto a cova é coberta de terra
Nessa vida, na sociedade que sepulta a todos com vida
Mas que espero que sempre tenhamos aqueles
Que puxem nos novamente para a superfície de encontro ao ar hoje não tão puro
E que por mais que fiquem cicatrizes, o corpo ainda tem muito intacto.

Ei ainda de querer me machucar

terça-feira, 21 de julho de 2009

Recordação e reacendimento

Não deixar que vontade alheias sejam a minha vontade
Que inspirar uma vontade e consegui-la
É não se importar se vão rir ou se vão gostar
É viver para si
É conhecer o seu íntimo
É não prejudicar a ninguém seja animal ou humano, e nem a si mesmo
Alentar a consciência
Entender por que não se acha
E quando se força, encontrar a resposta
Ver que você inspira o ardor da chama da alma que carrego
Da vontade juvenil, da juventude iterminável
Do compreender por que sonhei, por que escolhi e não desisti
Das imagens que passam na mente, como em cenas de um filme mudo
Flashbacks de vontades, de esperanças que até agora me pareciam pueris
Ao passear a noite e nada encontrar, do espaço ruído
Da acrópole do capital, sem nada a querer desfrutar
Lembrar do porque, eu escolhi, por que o cantar se faz tão intenso e avassalador
Não se importar se é inibição, se o texto é ruim, se o frescor da brisa, dessa noite de inverno ira gelar meu sangue
Se me aqueço, enobreço a vontade.
Lembre-se Lucas, lembre-se.
Não deixe que a apatia lhe tome conta
Quem era você? Onde está você que compreendeu que mudando seu mundo, já seria um inicio a lhe bastar!?
E eu tolo, que havia saído andar, poesia a torcer, quando se eu esperasse a resposta
Encontraria o que escrever.
Não foi nas sensações que presenciei hoje ao andar
Foi ao relembrar do que fiz e do que já pensei.


Onde foram todos os nossos sonhos? Aquilo que carregávamos conosco? Escorreram em um ralo pútrido de apatia?
Se isso for o mundo real, quero a minha passagem para a ilusão.

Que ainda resida a alma do dissidente dentro de cada um. E ela se pergunte, se há como reverter o que nos tornamos!?
Quanto mais nojo sinto da humanidade, mas me fascino com alguns seres humanos
Mas nunca exerço auto-fascínio.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Das ausências, das vontades, dos erros, dos pensamentos, da prisão. Do que é?

Essas engrenagens, tão astutas, que assustam. Não me deixam em paz, não param de girar, com dentes cada vez mais presos, colados. Presos de uma cola que parece(m) eternidades, múltiplas, imóveis mas que ainda fluem.
O sono que não vem, e quando vem, é abrupto, interrompido, acompanhado do esvaziamento, do choro, do rasgar, do arame mais afiado a perfurar, espremer e fazendo sangrar o mais intimo dos orgãos, o céu de vontade, de sentimentos espontâneos e que agora não geram mais a felicidade e nem menos alivio e sorrisos.
Que não se tornem rotinas, o bom. Sim... O bom de tudo, é que o tônico de segurança foi tomado e suas gotas escorriam garganta abaixo, e ficarão por um bom tempo, talvez até o seguir da vida, para além da morte, na continuidade da existência.
Ao menos para mim, é bom... Sim, foi bom. E doem, como farpas embaixo das unhas, como a respiração que não consegue ser profunda, a falta de ar estupidamente mortal após a subida mais íngreme em busca do cume. Um cume que não vem, por erros meus? Talvez eu tenha feito certo ao menos dessa vez, caramba, se não for isso, não sei o que fazer e talvez viver seja alguma outra coisa ainda para tentar.
A vontade.
Um sonho.
Que viver sonhando é bom, deixa a vontade viver dentro de cada um acesa, seja entidade, individuo, dividuo, sujeito ou quem sabe pretérito perfeito.
A perfeição, inatingível, tentativas falhas da vontade de alguns, mas é a vontade, ainda é. E por "simplesmente" ser, já vale algo.
Mas sonhar, de tão bom que possa vir a ser, deixa-nos somente sonhando.
Mas se todos os sonhos, se realizassem, haveríamos de sonhar?

Posso entregar a você que lê, e a você que sabe que estou falando diretamente, mais poesias, mas não são para esse momento, são para o posterior, é algo a guardar e aguardar.
Não estou mais conseguindo guardar as palavras,novamente, que eu as não fale de uma vez. Agora seriam ditas, faladas.
E erramos.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Contato Imediato




Contato Imediato

Arnaldo Antunes

Composição: Arnaldo Antunes / Marisa Monte / Carlinhos Brown

Peço por favor
Se alguém de longe me escutar
Que venha aqui pra me buscar
Me leve para passear

No seu disco voador
Como um enorme carrossel
Atravessando o azul do céu
Até pousar no meu quintal

Se o pensamento duvidar
Todos os meus poros vão dizer
Estou pronto para embarcar
Sem me preocupar e sem temer

Vem me levar
Para um lugar
Longe daqui
Livre para navegar
No espaço sideral
Porque sei que sou

Semelhante de você
Diferente de você
Passageiro de você
À espera de você

No seu balão de são joão
Que caia bem na minha mão
Ou numa pipa de papel
Me leve para além do céu

Se o coração disparar
Quando eu levantar os pés do chão
A imensidão vai me abraçar
E acalmar a minha pulsação

Longe de mim
Solto no ar
Dentro do amor
Livre para navegar
Indo para onde for
O seu disco voador

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Front Póstumo

Ciborgues e homunculus enfileirados
Um front de máquinas
Pensamentos e vontades deslizam em dedos
Fazem-se correntes elétricas
Números binários e algoritmos

Consciência mecânica e códigos invertebrados
Mentes inorgânicas invólucros póstumos
Projetando aqui e ali
Em ti e
Estremecendo

Do texto digital, passando para o xamex
Transcrição para trabalho manual
Envergonha, mas acima de tudo, são palavras
Extensão corpórea...
Chega, cansei?
Eu devia estar tentando é na verdade
Ser mais humano


E agora, o que é humano!?

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Rasgo meu peito, choro por dentro

Meu peito não suporta
O coração bate em demasia apertado
O ar chega aos pulmões
mas não renova-se
Nem esvaziar a alma
Nada que escrevo
Nada que penso
Nada

Nada...

Não sei o que é.

Uma lágrima.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Ar, pulmões, inspiração e expiração

Ar, pulmões, inspiração e expiração

Começei a escrever um poema, mas desisti. O complicado é que parece que estou já tão condicionado que só não pulo para outra linha para escrever senão fujo da minha ideia do texto.
Quando comecei esse blog, achei que seria uma brincadeira passageira, que talvez não iria me ajudar. Até via blogs com certo preconceito, como uma coisa "edonista" talvez. Só se buscando um prazer de reconhecimento.
Ok, isso também, mas ontem li um trecho que falava sobre poesia, mas posso dizer que serve também para outras formas de escrever, (Genuflexório). Esvaziar a alma, os ânimos, seja com palavras que arrebatem, derrubem, deliciem, adociquem (sic). Que seja, que esvaziem.
Percebia a poesia também com certo preconceito, meu primeiro poema que postei aqui, confesso, foi escrito de muita contra vontade. Mas adquiri gosto. Escrever, seja poesia ou não, é como dar o primeiro respiro, que seguido do choro inicial da vida, termina com um choro, e não vem da mesma entidade. (Já)
Ou melhor, fugindo dessas metáforas, começa-se a escrever e não para-se mais. Não... Escrever talvez seja como respirar,toma-se fôlego, e quando se tem mais nada para expirar, damos um ponto final. Não se escreve mais quando não se tem mais onde, ou algo, para esvaziar, seja ar, ideias, vontades, receios, medos, vontades, guerrilhas. ( Que suja, limpa, que compra...)
(Quero saber se você já dorme...)
Queria falar mais, ainda tenho vontade e coisas para expirar dessa existência, desses pensamentos. Mas tenho de ir, seja para trabalhar, para respirar (um desses gases tóxicos que se prendem na atmosfera).
Expirar e ver que não se tem mais ar para soltar.
E para isso
Inspirar novamente
Escrevendo poesia
E acabando com a proposta dita inicialmente.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Transfigurações e Conjurações

Decepções momentâneas
Diálogos rápidos
Eu vezes eu
Confusão enquanto certeza
Duvida que afeta, que estremece, que idealizo
Pisei no espaço, dei um passo
Sorri, recordei e me toquei
Por que falar isso?
Gesto mínimo?
Não a mim

Não quero sentir novamente
Ardor, dor... A insegurança
A introspecção, a dúvida
Raiva, deturpação, revolta
amoral, perturbação
Nada faz, e nem nunca fez sentido
Nem esse poema
Esses olhos que visualizam
Dedos que escrevem
Mente que pensa

Respiro que veio
Tensão que se foi
Silêncio...
Quero saber, o que dizer agora
O que não devia ter dito
Ou deveria ter escrito?

Leia de baixo à cima
O sentido é o mesmo
O sentido é
Nenhum
E ainda assim, tem sentido

sábado, 6 de junho de 2009

A surpresa

Ao menos esperar... a palavra.
A resposta
Os sons retumbam, estremeço
Repenso, fiz o correto?
Ao menos tentei
Veremos...
Grande passo, palmas para o animal da jaula
Estremeço, de frio! (?)
De receio
A fissura, abre-se mais um pouco
A parede um dia, tem, e deve de desmoronar.

domingo, 31 de maio de 2009

Frescor de mente, tônico de resistência

Olho ao meu redor, batimentos disparados
Paredes simétricas, tijolos de sangue
Sempre estiveram a sufocar, respiro por entre a fissura
Onde vem uma pequena brisa fresca

Antes de o ser ser
De nascer, de existir
Um grande caldeirão esperando para cozinhar
Chuto, cuspo, esmurro, desespero

Brisa enfraquecida
Fecho meus olhos
Sopro que esfria a face enrubescida

Falante, vontade que vem
Que some, mas que sempre está ali
Tónico de crença, antiapatico
Céu nublado, musica que ouço, palavras que tento redigir

Uma receita de ódio
Seta, vetor, enrabando
Sem inocentes ou culpados
Aceitação, realidade, desanimo

Olho as paredes novamente
Arruinar a fissura
Perdi algumas ferramentas
Ainda posso respirar
Essa ruptura que não me deixa póstumo em vida

Também essas dúvidas que me deixam viver
Que confrontam, a iniciação que também da fôlego
A guerrilha que leva a potência!?
Inibição que venço, passos curtos e tímidos

Não sei significar, sei vivenciar, orgulho
Mas ainda são passos

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Estrelas de Maio I

Espero, escondido sobre as sombras desse muro, em palavras aleatórias, em verbos, em ideias, em pensamentos.
Já se é apatia, transformar se o interior ainda é imutável.
Inibição auto-suficiente que caminha ao meu redor...
Sinto as batidas da músicas dentro de meu corpo.
Outra parte se faz faltante, perdida por ai, dentro do cosmos, do incompreensivel caos, vagando pelas estrelas de maio.
Receio, dúvida.
Não se existe solução!? Essa vida, esse mundo, nossa existência é emplastra!? Um remendo!? Irremediável!? Energia dissipada.
Incompletude.
Repetição, vontade. Aqui, uma saída
Aqui me vou embarcando nessa escuridão, procurando o caminho, tateando por luz.
Vejo as estrelas caindo do céu, estrelas que nunca tiveram significado algum.

Nos vemos por esse mundo...

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Estrelas de Maio IV

Ser eu mesmo, sem querer basear-se em alguém. Posso até ter cansado tão brevemente, mas sinto um pulsar dentro de mim, que pede espaço. Como se fosse saltar de meu peito.
Talvez seja a inação, que criou algo, que como um infeliz animal selvagem em uma gaiola, não pode ficar ali muito tempo.
Escrevo o que me vem à cabeça
A luz pisca e repenso em ler a ela
Se não se é aceito o igual, quem dirá o diferente?
Ahhh Espécies... Seres Humanos, Seres Animais
Dialogo inspirador

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Estrelas de Maio III

A Estrelas de Maio III

Se me fosse possível, eu escreveria 68 estrelas, 68 brilhos diferentes, que chegam aqui mortificados, isolados pela imensidão escura que para mim é o universo.
Voluntariado enquanto presença, procuro me encontrar em meio a mim mesmo e sinto vontade de abraçar um amigo.
Procuro me concentrar, mas ao menor distúrbio não espairecer.
Uma cosquinha
Um alivio
Penso que a percepção é diferente, e nem por isso sou normal, ou não sou louco.
Um esquizofrénico a sua realidade, cada qual com a sua caverna, dentro da sua Matrix.
Quero conversar, quero ao fim, descobrir que havia vivido.

segunda-feira, 30 de março de 2009

Estrelas de Maio II

Mas o mesmo, o toque do calor, como a brisa morna de uma tarde ensolarada, ou o alentador vento noturno em face umidecida.
Latidos ao longe, em uma soturna caminhada, onde a luz vem do céu, da deusa noturna. As mãos sentem somente ao vento.
Não ouço nada agora, a música talvez me leve a léguas daqui, onde eu não consiga escrever.
E me pergunto, por que algo que pareçe tão irracional, ou primitivo ou até mesmo ultrapassado inspire tanto, a vontade do querer.
O desabafo.
Aura tórpida, envolta em medo? Por brincar e não falar, o que me resta ouvir é galante.
A inabilidade volta ao córtex. Me cansei, o que mais quero agora é ouvir, ver o tempo passar e amanhã a confiança.

Talvez recuperar.

terça-feira, 24 de março de 2009

O fim, dia após dia

Anos após anos
Convocados a participar
Evitados enquanto temos algo para dizer
Assim funciona em perfeita harmonia
Autoridade, cidadania e governo
Fraude populista
Mas quem sou pra falar algo?
Somente um peão, uma peça armada o requiem de uma mente

Em seus ternos de trabalho
Trazendo progresso e avanço
A economia pomposa
O Sufrágio pelo crescimento?
Mas quem sou pra falar algo
Aquele ali convocado

Sou uma parte da sociedade com seus germes
Pedaço séptico, levantando-se (?) em 19 recentes pontos
Agarre me acima, caminhamos em uma linha tenue sem volta?
Mas se nada me segurar, espero que eu continue
Em novos seres, em eternidade terrena
Sem predição espiritual
Mas quem sou eu pra falar algo?

sexta-feira, 13 de março de 2009

E vai começar tudo novamente...

Ao que me parece, creio que agora as perguntas virão com mais intensidade, tantas entradas que se encontram na mesma saída. Apenas expandindo a sóbria mente para o tonteante estado de dúvida novamente.
Farpa que nunca ira sair de onde está, que se contrai e dilata e parece que nunca mais sairei deste sono...
Faculdade que me "mata"

próxima posto um texto pronto e não algo tão momentâneo.

domingo, 1 de março de 2009

A grande desilusão

Penso se tudo vale a pena
Gesso e lama se modelados tornam-se algo belo
Reescreva a moral e o contrato
Diga uma nova religão
Já não sei em que e se posso acreditar

Quando gelar-me ao solo
O que fiz, o que disse
Vai ainda valer algo?
Morremos e jogam o passado em nossas costas
Morrer pra conheçer um além ou ter uma vaga certeza
E de tão certa, talvez amedrontadora
Mente tão limitada...

Sendo exemplo do genótipo!?
A máxima evolutiva!?
Alguma piada cientifica!?
O que vejo possa ser regressão
A falta de ação, é nossa doença e nossa destruição
E não importa quem você é, todos sabemos,
no fim
Somos todos iguais

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Meus textos

Até que gosto de escrever, mas dou preferência por textos em inglês, entretanto algumas vezes surge algo no bom e velho português e no dia que eu souber compor, farei musicas desses textos, cantarei para que alguns ouvintes atentos outros voltados a pensamentos.
Quero ainda ser ouvido, não só lido, sentir-se vivo, e não minto, ser reconhecido, mas acima de tudo ouvido.
Eu como você, como o professor, como o jornalista, como o mais podre dos podres políticos, quero ser ouvido, tenho algo a dizer quero erguer sempre a mão e acrescentar, ergue-la ao alto, não ao ceú, tantos passam por lá, e já foram para fora dele mas ergue-la para o além, para longe, para a mais mental e talvez livre concepção e por que não dizer, até ali livre pensamento?
Mas não é isso que gostaria de apresentar a vocês, e sim um dos meus escritos, mas extendi demais esse post e não quero mata-los de tédio.

Fica para uma próxima...

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

E se eu te disser que eu sou...

A Construção

Separando, dividindo
Seleccionando, organizando
Senhor antropólogo, teorize a unidade
Pontífices, aceitem as concepções
Qual a razão de tanta conceituarão?

O pós, tornando-se passado cada vez mais
Não quero ouvir comparações
Quero ouvir fala-se em respeito
Biólogo, mostre-nos o quanto somos tão animais
Psicólogo, não me tire a subjectividade

Como lábios mornos e húmidos
Escrever e sonhar são coisas prazerosas
Não sou a verdade
Muito menos a mentira
Sou a construção

Filósofo, não mate a minha consciência
Historiador, interprete a todos os fatos ao invez de apontar com os dedos
Juiz, faça jus de seus termos
Moralidade construída, afasta-me da insegurança
Com regras de ouro entalhadas em pedra

Acadêmico sonhador, não ache que tudo que fale é novo ou bonito
Professor, não fique só nos discursos e na individualidade dos interesses
Com riffs e voz faço disso minha obra
Governante, não deixe a ''racionalidade instintiva irracional" aflorar após tantas pontuações
Se eu morresse agora, eu tenho certeza que não teria contribuído

Como lábios mornos e úmidos
Escrever e sonhar são coisas prazerosas
Não sou a verdade
Muito menos a mentira
Sou a construção

Teórico, faz sua parte, mas faça-se presente em sua teoria
Inteligentzes, fodam-se todos vocês
Eu e muitos também pensamos e sabemos o que queremos
Maldita Creel, que essa minha arrogância não me mate...

Como lábios mornos e úmidos
Escrever e sonhar são coisas prazerosas
Não sou a verdade
Muito menos a mentira
Sou a construção

Sou a construção...


Escrito em um momento perturbado, texto discordante também, porém aí fica meu desabafo...

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

What if I say I'm not like the others?




The Pretender

Foo Fighters

Composição: Dave Grohl

Keep you in the dark you know they all pretend
Keep you in the dark and so it all began

Send in your skeletons
Sing as their bones come marching in again
The need you buried deep
The secrets that you keep are at the ready, are you ready?

I'm finished making sense
Done pleading ignorance that whole defense
Spinning infinity, but the wheel is spinning me
It's never ending, never ending
Same old story

What if I say I'm not like the others
What if I say I'm not just another one of your plays
You're the pretender
What if I say I will never surrender

What if I say I'm not like the others
What if I say I'm not just another one of your plays
You're the pretender
What if I say that I'll never surrender

In time or so I'm told
I'm just another soul for sale, oh well
The page is out of print
We are not permanent, we're temporary, temporary
Same old story

What if I say I'm not like the others
What if I say I'm not just another one of your plays
You're the pretender
What if I say that I'll never surrender

What if I say I'm not like the others
What if I say I'm not just another one of your plays
You're the pretender
What if I say I will never surrender

I'm the voice inside your head, you refuse to hear
I'm the face that you have to face, mirrored in your stare
I'm what's left, I'm what's right, I'm the enemy
I'm the hand that'll take you down, bring you to your knees

So, who are you?
Yeah, who are you?
Yeah, who are you?
Yeah, who are you?

Keep you in the dark you know they all pretend

What if I say I'm not like the others
What if I say I'm not just another one of your plays
You're the pretender
What if I say I will never surrender

What if I say I'm not like the others
What if I say I'm not just another one of your plays
You're the pretender
What if I say that I'll never surrender

What if I say I'm not like the others?
(Keep you in the dark)
What if I say I'm not just another one of your plays
(You know they all)
You're the pretender
(Pretend)
What if I say I will never surrender

What if I say I'm not like the others?
(Keep you in the dark)
What if I say I'm not just another one of your plays
(You know they all)
You're the pretender
(Pretend)
What if I say I will never surrender

So who are you
Yeah who are you
Yeah who are you!


O Falso

Mantenha-se no escuro
Você sabe que todos fingem
Mantenha-se no escuro
E assim tudo começou

Envie seus esqueletos
Cante como se seus ossos fossem marchar por dentro... outra vez
Necessitam de você enterrado profundamente
Os segredos que você mantém estão sempre prontos
Você está pronto?
Eu acabo fazendo sentido
Tendo declarado ignorância
Como toda sua defesa

Girando até infinito, garoto
A roda está me girando
Isso nunca termina, nunca termina
Mesma velha história...

E se eu disser que não sou como os outros?
E se eu disser que não sou apenas mais um de seus brinquedos?
Você é o falso!
E se eu disser que nunca me renderei? (x2)

Há tempos dizem que sou assim
Eu sou só apenas mais uma alma à venda... Oh, bem
A página não será mais impressa
Não somos permanentes...
Somos temporárias, temporárias
Mesma velha história...

E se eu disser que não sou como os outros?
E se eu disser que não sou apenas outros de seus brinquedos?
Você é o falso!
E se eu disser que nunca me renderei? (x2)

Eu sou a voz dentro de sua cabeça
Que você recusa a ouvir
Eu sou a cara que você tem que enfrentar
Refletido no seu olhar
Eu sou o que é deixado
Eu sou o que é direito
Eu sou o inimigo
Eu sou a mão que puxa você para baixo
E te deixa de joelhos

Então quem é você?
sim, quem é você?
Sim, quem é você?
Sim, quem é você?

Mantenha-se no escuro você sabe que todos fingem

E se eu disser que não sou como os outros?
E se eu disser que não sou apenas outros de seus brinquedos?
Você é o falso!
E se eu disser que nunca me renderei? (x4)

Então quem é você?
Sim, quem é você?
sim, quem é você?