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quarta-feira, 15 de julho de 2009

Das ausências, das vontades, dos erros, dos pensamentos, da prisão. Do que é?

Essas engrenagens, tão astutas, que assustam. Não me deixam em paz, não param de girar, com dentes cada vez mais presos, colados. Presos de uma cola que parece(m) eternidades, múltiplas, imóveis mas que ainda fluem.
O sono que não vem, e quando vem, é abrupto, interrompido, acompanhado do esvaziamento, do choro, do rasgar, do arame mais afiado a perfurar, espremer e fazendo sangrar o mais intimo dos orgãos, o céu de vontade, de sentimentos espontâneos e que agora não geram mais a felicidade e nem menos alivio e sorrisos.
Que não se tornem rotinas, o bom. Sim... O bom de tudo, é que o tônico de segurança foi tomado e suas gotas escorriam garganta abaixo, e ficarão por um bom tempo, talvez até o seguir da vida, para além da morte, na continuidade da existência.
Ao menos para mim, é bom... Sim, foi bom. E doem, como farpas embaixo das unhas, como a respiração que não consegue ser profunda, a falta de ar estupidamente mortal após a subida mais íngreme em busca do cume. Um cume que não vem, por erros meus? Talvez eu tenha feito certo ao menos dessa vez, caramba, se não for isso, não sei o que fazer e talvez viver seja alguma outra coisa ainda para tentar.
A vontade.
Um sonho.
Que viver sonhando é bom, deixa a vontade viver dentro de cada um acesa, seja entidade, individuo, dividuo, sujeito ou quem sabe pretérito perfeito.
A perfeição, inatingível, tentativas falhas da vontade de alguns, mas é a vontade, ainda é. E por "simplesmente" ser, já vale algo.
Mas sonhar, de tão bom que possa vir a ser, deixa-nos somente sonhando.
Mas se todos os sonhos, se realizassem, haveríamos de sonhar?

Posso entregar a você que lê, e a você que sabe que estou falando diretamente, mais poesias, mas não são para esse momento, são para o posterior, é algo a guardar e aguardar.
Não estou mais conseguindo guardar as palavras,novamente, que eu as não fale de uma vez. Agora seriam ditas, faladas.
E erramos.