Essa falsa clareira me
recorda as letras balzaquianas, que jorravam romantismo e como o
velho Chabert, as pequenas planicies saltavam em varios e pequenos
sepulcros. O Sol sempre queimava e ainda queima minhas roupas. Minhas
lentes laqueiam minha visão e descambo como uma avalanche, que vai
levando tudo o que encontra e torna-se mais e mais densa.
Como mármore, estátua
sob o escaldo, peço, rezo e imploro as carniças, as crianças e aos
amantes, que agora, nesse exato instante, seja vazio pelo vazio.
Ventre descolorido, e o que eu deveria dizer há de ser dito, ainda
mais quando não parece ser bem vindo. As palavras saem, são
expelidas, tossidas de minha postura heraldica, nobre e tola forma de
ser escritor nessa manhã quente.
Aqui sou rei do mundo, unico
soberano e dou voz, falo em nome dos estranhos, dos tristes, dos que
passam frio nas frontes, no lugar dos vencedores, dos que sufocam
seus gritos bestiais, dos brutos, daqueles que falam de amorosidade,
de amor e das flores com suas pétalas banhadas de orvalho.
Esvaziado.
Enfim.
Mas sinto que..
Sinto que...
Sinto que me olham
agora com indiferença e medo de encontrar mais um ser, um espirito
produtivo e criativo das meias horas, delirando e gozando das letras,
com a serenidade que guardei em um canto e por vezes julgo que a
deixei em algum canto.
Olha-me e finge que
não existo. Mas na verdade é uma doçura filha do medo.
Quando chamam a mim e
não respondo, sou agora um algoz, nada de ser unicamente um servo.
Dessa forma, exulto
meu peito confiante!
12/09/2011 – 10:44