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domingo, 19 de junho de 2011

Nunca fomos ouvidos ou a ânsia por amortecer o eu é mais forte.
Percebe que de nada te serve Filosofia, Poesia, História, Prosa, Cinema, Música e o pouco de Biologia que conhece...

É ser um copo cheio de vazio.
Nem criar vazio nutritivo eu consigo agora.
Isso tudo cai sobre sua cabeça quando queres ser útil e estar ali ao lado.
Só chamamos o conhecimento de conhecimento porque não conhecemos o que é o conhecer.
Empalidecemos diante das percepções e adoramos ter ao toque de nossas pupilas grotescas cornijas.
Queria poder me vestir as vezes de uma estupidez intrépida, de uma grosseria inabalável.
Nunca me foi possível fazer para outrem aquilo que esmaga ao meu corpo.
Acabo velando uma piedade desgostosa e quando acabo por adornar-me de tão vil e cruel vestimenta sinto os ornamentos da culpa e do desprezo pesarem sobre minha casca.

Os párias mandam seus abraços

Nisso haviam muitos Whitman's, Balzac's, Nietzche's e posso até dizer Menocchio's.
Des-contextos haviam de ser enquadrados.
Horror, temor e repulsa. Como podem (esses) ser párias?
Ser
Ser
Ser
Ser ou não ser?
Ah meu doce Hamlet, conjurou ideias fora de seu tempo.
Pecador da História.
Amado pedante que cita autores, criadores e criaturas.
Infelizes destitulados (sic) (?) que não podem nem ao menos criar palavras em paz.
Encontrem aqui suas dobras e sejam felizes.
Deitem as astutas mentes no fervoroso e delicioso travesseiro que é o caos.
Permito que passem delicadamente a língua no fio da lamina.
Façam tiras de tal músculo e saibam o gosto do sangue e do aço.
Essa realidade é rasa demais para vocês.