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sábado, 4 de setembro de 2010

Gole único no cálice onde não consegue-se dizer que pode ser...

Ao lembrar de Christopher's
E “refletir” sobre McCandless's
Ao escapar das esguias rodovias
E ficar prisioneiro de sua vida

Ao retirar uma maçã da macieira
Tão orgânica, tão vital
A condição torna-se insultante
E o momento decepcionante

Triste Byron
Com seus bosques inexplorados
E os meus cânticos
Por sempre desafinados

Se tu soubesses
Até na mais alta torre
Ou mais densa floresta
Teria companhia

Nossas vaidades nos afastam o tempo todo
Em simplesmente dizer
Intensificar e mover
Que sóis e luas nos tornaram tão próximos

Sonhos de liberdade
Seja ela prisão enquanto condição
Se eram só juventude
Porque a lágrima que arde na minha saúde?

Sem estar preso por estradas ou inibições
Palavras, corações, olhares e lamentações
Desejos, momentos, abraços e intensidades
Cálculos, compaixão, vontade e saciedades

Nesse retorno que somente
restam os pensamentos
Em escassez animal
Em demasia humana

Sem motores históricos, ideias
Teorias, vendas de livros
Cegos pelo céu
E da sombras das árvores

Nascidos sempre em alvoradas
Sob olhares desconfiados
Se não tem seu fim
Buscam a filosofia do amanhã

amanhã
amanhã
amanhã
amanhã

...