Páginas

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Tragicomédia

De todas as máscaras que temos
Se assim as reconhecemos
Quando colega, juiz, padre
Amante, parente ou amigo
Vem nelas tentar escarrar
É formidavelmente triste
E ardilosamente cruel
Saber qual delas a próxima usar

Assim não sucumbimos quando um outro
Vem a cada um de nós desmascarar
Se nossos personagens por tempos
Já vem aterrorizar
Narciso não jaz por ser belo
Mas por ter conhecido
Aquilo que nem sabia ter concebido

E pensar que o teatro grego acabou quando o último soldado persa naquela região marchou