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quarta-feira, 17 de junho de 2009

Ar, pulmões, inspiração e expiração

Ar, pulmões, inspiração e expiração

Começei a escrever um poema, mas desisti. O complicado é que parece que estou já tão condicionado que só não pulo para outra linha para escrever senão fujo da minha ideia do texto.
Quando comecei esse blog, achei que seria uma brincadeira passageira, que talvez não iria me ajudar. Até via blogs com certo preconceito, como uma coisa "edonista" talvez. Só se buscando um prazer de reconhecimento.
Ok, isso também, mas ontem li um trecho que falava sobre poesia, mas posso dizer que serve também para outras formas de escrever, (Genuflexório). Esvaziar a alma, os ânimos, seja com palavras que arrebatem, derrubem, deliciem, adociquem (sic). Que seja, que esvaziem.
Percebia a poesia também com certo preconceito, meu primeiro poema que postei aqui, confesso, foi escrito de muita contra vontade. Mas adquiri gosto. Escrever, seja poesia ou não, é como dar o primeiro respiro, que seguido do choro inicial da vida, termina com um choro, e não vem da mesma entidade. (Já)
Ou melhor, fugindo dessas metáforas, começa-se a escrever e não para-se mais. Não... Escrever talvez seja como respirar,toma-se fôlego, e quando se tem mais nada para expirar, damos um ponto final. Não se escreve mais quando não se tem mais onde, ou algo, para esvaziar, seja ar, ideias, vontades, receios, medos, vontades, guerrilhas. ( Que suja, limpa, que compra...)
(Quero saber se você já dorme...)
Queria falar mais, ainda tenho vontade e coisas para expirar dessa existência, desses pensamentos. Mas tenho de ir, seja para trabalhar, para respirar (um desses gases tóxicos que se prendem na atmosfera).
Expirar e ver que não se tem mais ar para soltar.
E para isso
Inspirar novamente
Escrevendo poesia
E acabando com a proposta dita inicialmente.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Transfigurações e Conjurações

Decepções momentâneas
Diálogos rápidos
Eu vezes eu
Confusão enquanto certeza
Duvida que afeta, que estremece, que idealizo
Pisei no espaço, dei um passo
Sorri, recordei e me toquei
Por que falar isso?
Gesto mínimo?
Não a mim

Não quero sentir novamente
Ardor, dor... A insegurança
A introspecção, a dúvida
Raiva, deturpação, revolta
amoral, perturbação
Nada faz, e nem nunca fez sentido
Nem esse poema
Esses olhos que visualizam
Dedos que escrevem
Mente que pensa

Respiro que veio
Tensão que se foi
Silêncio...
Quero saber, o que dizer agora
O que não devia ter dito
Ou deveria ter escrito?

Leia de baixo à cima
O sentido é o mesmo
O sentido é
Nenhum
E ainda assim, tem sentido

sábado, 6 de junho de 2009

A surpresa

Ao menos esperar... a palavra.
A resposta
Os sons retumbam, estremeço
Repenso, fiz o correto?
Ao menos tentei
Veremos...
Grande passo, palmas para o animal da jaula
Estremeço, de frio! (?)
De receio
A fissura, abre-se mais um pouco
A parede um dia, tem, e deve de desmoronar.