Olho ao meu redor, batimentos disparados
Paredes simétricas, tijolos de sangue
Sempre estiveram a sufocar, respiro por entre a fissura
Onde vem uma pequena brisa fresca
Antes de o ser ser
De nascer, de existir
Um grande caldeirão esperando para cozinhar
Chuto, cuspo, esmurro, desespero
Brisa enfraquecida
Fecho meus olhos
Sopro que esfria a face enrubescida
Falante, vontade que vem
Que some, mas que sempre está ali
Tónico de crença, antiapatico
Céu nublado, musica que ouço, palavras que tento redigir
Uma receita de ódio
Seta, vetor, enrabando
Sem inocentes ou culpados
Aceitação, realidade, desanimo
Olho as paredes novamente
Arruinar a fissura
Perdi algumas ferramentas
Ainda posso respirar
Essa ruptura que não me deixa póstumo em vida
Também essas dúvidas que me deixam viver
Que confrontam, a iniciação que também da fôlego
A guerrilha que leva a potência!?
Inibição que venço, passos curtos e tímidos
Não sei significar, sei vivenciar, orgulho
Mas ainda são passos