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sábado, 12 de dezembro de 2009

Bad Religion, Amados e uma história

 Essa é uma pequena historia de um homem que perdeu suas chances e objetivos

Seu chão, seus territórios eram agora eram movediços

Não tinha certeza de mais nada.

Mas não era percepção subjetiva 

Era reflexo do seu redor, não só dele, mas ninguém tinha mais certeza

O cianureto cheira agora como rosas, que florescem durante a primavera.

E ele não podia negar:


"Meus amados, gostaria de negar que sabia que o abismo era tão negro"


E que ao contrario de tentar subir, nos debruçamos cada vez mais a olhar o seu fundo.

Como uma vontade individual de diferenciação e de uma incerteza. Que alarma a todos, mas aqueles que se julgam, e talvez sejam mesmo, espertos, sabem que não vale a pena forçar os olhos.

O mundo continua girando em uma direção e orbitando o Sol.


Aquilo que era puro e belo, hoje é incerto.


E assim, em uma corda, bamba, escorregadia e de fio tênue o mantém

Sobre um abismo, que não deixa que seu fundo seja avistado

Enquanto palavras vomitam condolências e sua mente pulsa.

Mas essa corda ainda tem bastante fio até arrebentar

E ainda há outras onde se agarrar, algumas que ainda não arrebentaram.

E tal como os remendos que fazemos no mundo

Nosso personagem amarra cada vez mais para que essa corda não arrebente.

Que ela suporte o suficiente para que ele ainda possa citar palavras

E para que seus olhos ainda possam enxergar o Sol

Antes que fique cego

2 comentários:

J. disse...

a gente nunca olha mesmo para o sol
e se faz isso, nao enxerga nada. Belo Texto

Crow disse...

Belas palavras, e que as cordas aguente o peso do auto-conhecimento.