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segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Da compreensão(?), a escolha e do sofrimento dubitável

Serei o dente enferrujado da engrenagem da maquinaria prosaica
Dessa faca agora não cortante, mas que infligiu profundas feridas
Procuro esperanças em uma poça que seca cada vez mais
Esfregar as mais finas gotas nos lábios mais ressequidos
Ressecados de desgosto, tristeza, deprimidos e embebidos de ódio

Oh labirinto sufocante, sinto-lhes informar ao labirinto e a vocês
Não hei de me render
As correntes que prendiam, serão as armas
Para a defesa, nunca para o ataque
Vida regada com sobrevivência

Um dia morrer, mas nunca mais ter matado ou proporcionado
Sinto-lhes informar, não quero ser mais parte disso
Não comerei de sua carne, não adiantarei sua finitude
Não quero fazer disso tudo púlpito ou masmorra
Pregar ou ser pregado em praticas prisionais

Sinto que devo dizer isso, para que as palavras não me degolem
São minhas verdades conflituando-se com as vossas e "instituídas" verdades
Com questões que envolvem como sombras, e mostrando a densidade dessas paredes
E da ausência de luz que nos encontramos, e em atos encontramos brechas
Inalo profundamente minhas lembranças

É como dar o último suspiro, enquanto a cova é coberta de terra
Nessa vida, na sociedade que sepulta a todos com vida
Mas que espero que sempre tenhamos aqueles
Que puxem nos novamente para a superfície de encontro ao ar hoje não tão puro
E que por mais que fiquem cicatrizes, o corpo ainda tem muito intacto.

Ei ainda de querer me machucar