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terça-feira, 29 de novembro de 2011

Alerta sobre os óbvios


Não percebia mais sintonia
Conversava, ouvia mas não rezava
Uma unidade, nem dupla e sem terço
Nem profeta, sem poeta
Eu fugia de rosário berço


                                         Venha sono, mas me deixa o sonho.


Sentado em trono depravado
Eu vejo,vejo,vejo
Lembro quando me disseram:
Olha rápido ao percevejo.
Agarrado as garras no arbusto
Buscando sair
A qualquer custo

P

O

E

S

I

A


RIMA


COM    



FAZIA



Ai notei, percebi.
Anotei e pra não chorar
Só sorri.
Pois tudo que eu dizia
Era verbo passado
Ia, andava, sentia, vivia;
Iria, esperava, chorava e sorria.

O que passou em segundo, minuto ou hora
Em presas palavras eu corria anotar
Antes que a lembrança fosse embora.
E passado o presente
Na nívea virtufolha
Que bela merda
Fazia e escrevia
Maldito texto que como um rio
Ia, ia e ia.