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domingo, 28 de agosto de 2011

Texto antes da fome

Sentido-se genial poeta
Cria desgarrada ou
Algum falso profeta
Onde haveria de ser o único
Mas nesse pequeno declive
Por degraus galgado
Muitos já haviam passado

Passaram...

Cárcere privado
Enquanto luz fraca alimenta
Todo aquele ambiente
Deveras nuançado

Entre dobras, mesmo espaço
Mesma folha e diferente quadro
Sendo que se assim
Uma bala em meu peito tivesse atravessado
E da minha vida
Todo meu folguedo levado
E o ar que existe em todo esse mundo
Carregado de oceano desnudado
De certos constrangimentos libertado
Deixo minhas ultimas palavras destacadas
No teu pequeno caderno
Onde confiança quero ter ancorado
E assim parto, de alguma forma incomodado

E por enquanto, ando
Marcho
Por mim fico um pouco admirado

Aos homens, dou dinheiro
Aos cães, alimento
Nem de alimento vivem os homens
Nem de dinheiro vivem os cães
Não em caridade
Sem elevar algum leve espirito
Mas com os ventos ser carregado
Por tormentas ser lavado
E com muitas rimas repetidas
Sorrindo sem cuidado

=)

Nesse absurdo
Tempestuosa existência de sentimentos
Ficamos todos lado à lado
Perfilados em busca de algum cuidado

Famintos e sempre empobrecidos
Mas por amor alimentados
Que só acontece com alguma liberdade
No jugo de vencedores e vencidos
Que sentam-se e são poetas de momento
Julgam-se os gênios da ultima hora
E por toda a eternidade