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quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Ar dor

Como entender o cerco
Se nem a minha alma compreendo
Das conjecturas do mundo onde as flâmulas refletem
Em solo que germes consomem
Idolatrando estruturas
O fim antes do começo do fim da verdade
Da ponte ao poente, da conexão ao isolado
O ar pesado que sufoca
Da triste noticia que transborda realizações
A agua suja que engasga
Do direcionamento e do momento
Da terra inculta
Agitação ansiosa e confusão de pensamentos
A dor não precisa de perspectivas
A esperança em fios de água, que escorrem no rochedo das escolhas
Se faz turbilhão ao encontrar quem
Em meio a toda indecisão, ainda se faz presente de tentar
E dão o fôlego para continuar
Por mais que existam tropeços, devaneios e confrontos
Ainda caminhamos, navegamos contra o vento do progresso
E alcançamos a ave de rapina
Além de sonhos
De sinais e placas
Em meio ao platô
Sereno e confuso
Para sempre ser fragmento, fragmentado e recriado