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segunda-feira, 30 de maio de 2011

Arabescos

Se todo contexto é um pretexto, cabe agora misturar, bagunçar, amarrotar e ser um entrave para certas noções que a própria história buscar tratar, por exemplo o antropocentrismo do renascimento, o homem moderno e o antropocentrismo destrutivo contemporâneo. Categorias supostamente distintas, recortadas em suas temporalidades e com fronteiras tão finas que ignorá-las é atestar o desserviço e a inutilidade de certas “áreas do conhecimento”.

E como (talvez) fazer isso?

Em meu contexto pretexto, digo que acredito ter as ferramentas conceituas e de proposição para enunciar isso. O conhecer que venho a produzir é um mundo atrelado as minhas cognições. O mundo me permite pensar assim, bem como eu permito ao mundo que me faça pensar dessa forma.

Tudo que é dito, foi dito por alguém.

Sou um "desserviçal" e nada do que foi dito parece ter sentido.


sábado, 28 de maio de 2011

E digo a vocês leitores

que tudo que é dito, foi dito por alguém.

E tenho dito.


Dito
Ditado
Ditar
Ditadura
Ditei
Dilatei
Dizei
Diferencie
Distanciei



- Eu?
- Eu não disse nada!

sexta-feira, 27 de maio de 2011

E essa vontade...

... de falar sobre o que é impossível medir?
E qual o desejo de falar?
Qual o sentimento em medir?








E quanto ao desejo de perguntar?

terça-feira, 24 de maio de 2011

Meu rascunho feito daquelas três frases

Não existem em mim pólos
Fazem-se Polis, colhem pólen
Extraído das profundezas como combustível
Onde tateio alcovas, aqueles quartos escuros
Em meio a essa escuridão
Onde eu nunca havia me prestado a tentar observar
Fiz préstito de um pequeno momento sufocante
Que exalava baforadas lúgubres
O vapor que estirava meu corpo se fez frio
Entropicamente para chegar até aqui...
Quando da sutileza talvez tenha compreendido teus cânticos
Bardos, servos, senhores e vilões não cantam dessa forma
Que esse meu calor que será (e se faz) faina
Aqueça cada molécula tua
As engenharias micro universais e seus arquitetos atômicos
com suas pontes
E tu podes fazer extradição
de meus infinitamente pequenos universos
Que passam eternamente, passam sempre diferentes
Não há falta de concordância
Restrições insatisfeitas
Oh meu pequeno deus
Hidrogênio
Faz parte dos impulsos que agenciam e orquestram meus pensamentos?
Já agora quando volto a me referir à você que és minha
E me permite assim dizer (?)
Me faz pensar, buscar, vasculhar em meios que eu antes ignorava
E que de encontro vem a mim mais uma vez
Pois fiz uma escolha
Onde ácidos, núcleos, protozoários e células
Serão talvez de meu "entendimento" e conquistarão um novo degrau horizontal

domingo, 22 de maio de 2011

=)




(=








-                                                                                                                )                                                                             

-                                                                                                                )



R






S








2






L (

)







E
Declaro inventada a Zoohistória/Zoo-História.
E não patenteio.

Chimpanzé auto-biográfico.
Deus deixou de ser Deus quando decidiu por assim ser chamado.
O progresso deixou de progredir quando assim o chamaram.
Eu? Ah, eu lá sei?

Recado as sombras

Que pena dessa vontade de criar. É tão bom adorar o singelo.
Se não consegue adorar um poente, admire aqueles que conseguem adorar.
Mas se preferir, admire a si, pois não tens a necessidade de adoração.
És tão importante, pois diferente de mim, não precisa de um Sol.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Poema matinal

Na tua ausência faço desejos terríveis
Aqueles que você não deseja que eu faça
E muito menos eu
Mas como dominarei essa saudade?

Verdugo, algoz de todo meu corpo
Flagelo-me com chicotes que podem ser doces
Um tormento cotidiano
E onde os flertes com a solidão por vezes não bastam

Algemado e revolvido
Onde marcham milhões de tropas
Como um oceano que invade os mais belos campos
E quando volta a antes carrega tudo que lhe for possível

Desperta dentro de mim o Leviatã
O mais feroz e libidinoso dos tiranos
Um egoísta prazeroso
E com uma vontade insaciavelmente faminta

Fico apavorado por tua sedução
Pilha minhas palavras
Faz delas fogueira nesse frio
E labuta um beijo recheado de toques quentes

Se a meu peito rasgo de saudade
Ou se meu coração se faz diminuto
Se meu peito fica dilatado
Imagino que rasga também do teu seio

Um fraco fausto que faz falso pacto
Com desejo de insuflar as letras
Explodir e dinamitar as sentimentalidades
Em uma relação prometeica

Guardo a ti várias surpresas
Instintos que para a volúpia não bastarão
E os equilibristas e contorcionistas dentro de nós
Não saberão o que fazer

Irão dançar na beira do abismo
Em um barbante frágil
Daquele já dito amor
delicado e discreto, certo e claro, em laços atados e desatados

Organize tuas palavras e teu tempo
Para que assim eu sempre esgote teu fôlego e tuas energias
E consuma feito hulha tuas ansiedades e euforias
Permita-me invadir a ti, adentrar no palco de tua vida como aquele arlequim

Cria-me como criatura insone
Desperta sempre nos mesmo horários
E fita-me com teus olhos esmeralda
E dominarei a ti como um rei domina a mais feroz das rainhas

Não veja as horas
Sinta a mim e sinto a você
Respiração ofegante após uma tormenta oceânica e assim
Devora minha carne e feitiço faça com meu coração

Onde sonhar se faz chorar
Amor se torna ira
Luxuria se reveste de calmaria
Amo a mim como amo a ti
Pois sei que ama a mim também

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Se as nossas noites

são assim cheias de vinho rubro
Fico em chamas por imaginar como seriam as nossas madrugadas.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Cultivado

um hábito em usar como a maior e mais perigosa régua o homem, notamos uma notável (sic) disseminação do conhecimento e do desejo do mais inseguro dos animais. Tudo isso passa pelo crivo biográfico de um animal que tem a carência de tornar seus delírios e suas ambições um livro auto-biográfico, de contar tudo. E além do mais, fazer com que acreditem em tudo isso.

Quero explodir

de volúpia em tuas mãos e em teu corpo.
Quero que beba até minha ultima gota de sangue.
Morda a meu corpo como um ser faminto
Devora-me como teu mais sórdido pão.
Dá-me amor que te entrego sensações.
E permite a mim fazer o mesmo em troca.

O coelho é abatido em meio a tensão do exercício após o concurso

Odeio notas de fim. Sejam elas em artigos ou livros.¹

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Engraçado que sempre acreditei nas graças da providência divina até o dia que ela resolveu dar a graça de não me fazer mais crer nela.

domingo, 8 de maio de 2011

Em a "Revolução dos Bichos"

Extraiu-se tudo, menos (d)os bichos. O porco virou linguiça, a vaca bife e o frango empanado. O peixe nem se fala, tá lá na água, bem longe da terra revolucionária.

Só a tua voz

pode soar em uníssono nesse mundo e não incomodar. Daí, nada mais me preocupa.
Tudo é possível... na medida das possibilidades
As vezes desejo que nada nesse mundo emita um som sequer. Não, não desejo ser surdo, mas o mundo por vezes é barulhento demais... E com isso me pergunto, qual o sentindo e/ou o motivo do som?

Som automotivo.
Som motivo.
Som sentido.
Som do Silêncio.
Som do zunir.

Vou na Avenida Munchen em uma sexta.
É subwoofer. É corneta.
É Black Eyed Peas. É David Guetta
É uma sinfônia inteira.

sábado, 7 de maio de 2011

O pedido daquele sujeito tornava a mente daquele homem ainda mais confusa. Sua vontade era a de entregar uma moeda e não se preocupar com o que aquele colega iria fazer com a mesma. Seu egoísmo falava mais alto e entre palavras mal escolhidas em uma tentativa frustrada de parecer amigável desferiu golpes dolorosos. Mil lâminas afiadas que ardiam mais que o vento noturno. O pedinte passou a olhar cabisbaixo em um olhar sinceramente triste ou um olhar que só poderia ter sido criado pelo melhor ator do mundo em um principio de primeiro ato. Nosso primeiro homem voltou a caminhar enquanto mexia em seus bolsos em uma mistura de duvida e culpa. Tateava duas moedas. Tirou a menor delas e olhou seu brilho sob a luz do poste, em uma esquina onde rugiam ventos de norte e oeste. Aquela era a moeda mais linda que já havia visto. Parecia ter sido cunhada pelas mãos do próprio Hefesto em ouro puro, mas era gelada, não ardia com o calor e nem tinha resquicios de lava vulcanica. Aquela moeda parecia pesar uma tonelada, peso esse que era somado pelo peso da culpa sentida nos ombros desse primeiro homem. Era como se toda a culpa do mundo fosse um fardo em suas costas naquele momento, e com isso deu meia volta. Olhou ao colega que pediu uma moeda, fez um comentario idiota e a entregou aquela peça de tão grande valor e tão pequena forma. O fardo em seu corpo duplicava. Aquela moeda era um extrator de peso. O pedinte não olhara em seus olhos o que o deixou mais infeliz, sendo assim deu meia volta e continuou sua caminhada. Esse caminhante tinha dentro dele um desejo de escrever tudo isso e compartilhar com seus leitores. Em sua cabeça havia um pensamento de culpa, ali também há pensamentos de paixão por ela, em relação ao frio que sentia naquele momento e de uma vontade homérica em expor tudo aquilo que existe dentro dele. Algumas palavras ainda o engasgam e o jogam no balbucio, mas se tudo correr de forma serena logo serão palavras ditas e serão sempre recriadas. Logo irei dize-las.

Meu caro amigo

Da forma que Nietzsche e Wagner eram amigos em planos estelares tento eu crer em nossos planos terrenos. Entre nós meu caro amigo existem abismos e por vezes nos deparamos nas veredas de grandes Canyons. E onde julgo a metáfora pobre vejo que galgamos passos supostamente planos em lados distintos. Por vezes vejo-te caminhando lentamente no seu outro lado, aparecendo e sumindo em meio a uma névoa e/ou sob raios solares que não me deixam te ver devida a luminosidade dessa divindade de ira que refestela-se sobre nossas cabeças.

Engraçado como os nossos caminhos e esse abismos acabam por se aproximar as vezes. Quando isso ocorre meu caro amigo posso cumprimentar você e dizer-te não um simples "Oi" mas contar como era o caminho desse meu lado sem que me digas se pisei certo ou errado. Como também faz o inverso a teu modo.

Mas não paramos de andar. Assim nos distanciamos novamente, não enxergamos um ao outro por um bom tempo até que o inantecipavel nos aguarde e eu possa te contar novamente do caminho que criei por entre as pedras, das estalagens que eu passei noites, das tavernas e bares que refresquei minha mente, das palavras que pintei e das vozes e falas que eu consegui ou não ecoar.
Tenho várias poesias para publicar aqui. Não colocarei nenhuma, assim muitos vão achar que perdi minha inspiração.

A coisa mais comum e fácil de fazer é enquadrar os gestos e a expressão dos outros.
Comum e simples é também  "precipitar-se sobre" o que você acha que vão pensar de você.
Meu amigo chimpanzé Gibraltar reconhece seus amigos em fotos. Ele acessou meu facebook, olhou atentamente, fechou o navegador e dividiu uma banana comigo.
"Isto sustenta a nossa crença de que os gestos usados pelos macacos (e talvez alguns gestos humanos também) são derivados da antiga linhagem compartilhada por todas as espécies de grandes primatas existentes hoje", diz Hobaiter."




E ai o homem tirou o pé da Natureza e colocou na Cultura.
E ai o homem nem sabe mais o que são ambos.
E ai o homem veio postar em blog.
E ai o primata foi sair caminhar.
Quando acaba a fotografia, acaba também a festa.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Essa postagem já passou por aqui.
Ouvi dizer que ideias curtas não expressam profundidade. Peguei uma régua e um Ecobatímetro para medi-los.
Falhei miseravelmente.
Eu espero que os melhores pensadores do século XXI estejam twittando agora. Que aforismas e indagações sejam escritas e recebam RT. E já aviso que não to me referindo a esse post imbecil.

Temporada no Limbo

Se quer viver entre o céu e o inferno, ira viver no limbo. O que não existe são portas para a redenção.
Prefiro um choro incontrolavelmente confuso a um riso de nervoso e com fracas tendências de ser agradável.

domingo, 1 de maio de 2011

Em um mundo totalmente justo o prato principal do banquete da existência seria a busca por injustiça.
A decadência é a tendência linguística e existencial do mundo ocidental. E nunca vai ficar démodé.