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sábado, 7 de maio de 2011

Meu caro amigo

Da forma que Nietzsche e Wagner eram amigos em planos estelares tento eu crer em nossos planos terrenos. Entre nós meu caro amigo existem abismos e por vezes nos deparamos nas veredas de grandes Canyons. E onde julgo a metáfora pobre vejo que galgamos passos supostamente planos em lados distintos. Por vezes vejo-te caminhando lentamente no seu outro lado, aparecendo e sumindo em meio a uma névoa e/ou sob raios solares que não me deixam te ver devida a luminosidade dessa divindade de ira que refestela-se sobre nossas cabeças.

Engraçado como os nossos caminhos e esse abismos acabam por se aproximar as vezes. Quando isso ocorre meu caro amigo posso cumprimentar você e dizer-te não um simples "Oi" mas contar como era o caminho desse meu lado sem que me digas se pisei certo ou errado. Como também faz o inverso a teu modo.

Mas não paramos de andar. Assim nos distanciamos novamente, não enxergamos um ao outro por um bom tempo até que o inantecipavel nos aguarde e eu possa te contar novamente do caminho que criei por entre as pedras, das estalagens que eu passei noites, das tavernas e bares que refresquei minha mente, das palavras que pintei e das vozes e falas que eu consegui ou não ecoar.

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