Essa é uma pequena historia de um homem que perdeu suas chances e objetivos
Seu chão, seus territórios eram agora eram movediços
Não tinha certeza de mais nada.
Mas não era percepção subjetiva
Era reflexo do seu redor, não só dele, mas ninguém tinha mais certeza
O cianureto cheira agora como rosas, que florescem durante a primavera.
E ele não podia negar:
"Meus amados, gostaria de negar que sabia que o abismo era tão negro"
E que ao contrario de tentar subir, nos debruçamos cada vez mais a olhar o seu fundo.
Como uma vontade individual de diferenciação e de uma incerteza. Que alarma a todos, mas aqueles que se julgam, e talvez sejam mesmo, espertos, sabem que não vale a pena forçar os olhos.
O mundo continua girando em uma direção e orbitando o Sol.
Aquilo que era puro e belo, hoje é incerto.
E assim, em uma corda, bamba, escorregadia e de fio tênue o mantém
Sobre um abismo, que não deixa que seu fundo seja avistado
Enquanto palavras vomitam condolências e sua mente pulsa.
Mas essa corda ainda tem bastante fio até arrebentar
E ainda há outras onde se agarrar, algumas que ainda não arrebentaram.
E tal como os remendos que fazemos no mundo
Nosso personagem amarra cada vez mais para que essa corda não arrebente.
Que ela suporte o suficiente para que ele ainda possa citar palavras
E para que seus olhos ainda possam enxergar o Sol
Antes que fique cego
2 comentários:
a gente nunca olha mesmo para o sol
e se faz isso, nao enxerga nada. Belo Texto
Belas palavras, e que as cordas aguente o peso do auto-conhecimento.
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