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quarta-feira, 10 de março de 2010

Asco

Verme, imundo e mundo
Raiva, rubor e dor
Medo e oscilações. Mas, contudo
Tolice, carne e desejo

Continuou relevando em demasia,
nauseante e asqueroso
Lixo oportuno, ouve o que quer
Mas não diz o que deve

Sem círculos perfeitos ou consciências conscientes
Pensou em enganar quem?
Só se fosse a si mesmo.
Cortina caída ou queimada

Seda rasgada ou desfiada
Linha arrebentada ou não
Com 24 multiplicados por 3 quase 4
É como colocar a cabeça fora d'água

Confusa vontade com estupidez
Na alturas dos olhos
Sob o nariz alheio
Fazendo sombra com um caco de vidro

Se havia valor
Ficou estirado sobre aquela pista
Estilhaçado, estuprado
Moído e arrebentado

Algumas palavras a serem lidas
Talvez outro texto, outro desabafo
Outro momento, outra parte de mim
Deste lado e outra face

Nojo de si
bípede, demasiadamente humano
moribundo coração
Aterradas emoções

4 comentários:

J. disse...

me deu medo desse texto.

Mas vc tá virando especialista em repassar sensações para o que escreve, sabia?
Bom mesmo.

Marco Aurélio disse...

Concordo com a Jana. Teus textos estão transmitindo mais do que idéias, são sensações. Continue nesse pique!

maik disse...

Seu texto não sei,
talvez:
uma Máquina de Guerra contras as forças conservadoras!!!

Estou com dor de cabeça...

Roberto Pocai disse...

peidei cara. Mas olha como não sou muito criativo quanto o reflexo dos teus versos, vou falar que tá massa, vou ser mais uma merda que ronda esse mundo.
Somos isso, humanóides procurando uma lápide pra virar comida de vermes e depois ser motivo de evolução, todos os rastejantes vão virar moscas e voar por ai levando nossos genes.
Defino sua poesia como explosográfica.

http://mentecaptocotidiano.blogspot.com


http://sertaosangrento.blogspot.com