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quarta-feira, 7 de setembro de 2011


            Eu não queria sentir tuas dores, ser tão intimo da tua nervura... Eu queria ter uma força cativa. Eu não interpreto um cadáver egoísta, eu não um drama protagonizado por santos ou um robô criado para ser preenchido por entranhas. Tenho para quem chorar, sei de quem pode chorar por mim e convulsivamente, sou teu cúmplice aflito e envolvido por rebuscada (?) tormenta. Não lembro mais do que você me disse, mas eu lembro e por um curto prazo eu tive a certeza de desejar ser frio e ao derreter, pelo calor do mundo, evaporar e voltar ao iceberg, aos pontos mais gelados desse universo. Não haveriam de notar minha falta. Diante de mim, hoje, notei que marcham tropas inteiras, passam ao longe galeões de madeira nobre cujas velas desfraldadas possuem uma figura esférica que detona direção. Parto ou fico? Deixo algumas poucas noites escritas com todos vocês? Continuo por essa viela lúgubre e sufocante ou me permito respirar o hálito fresco de novos lugares? Tantos tons desafinados de despedida e impactos que encerraram algo que não havia começado e que iniciam um pranto que nunca havia terminado.

Deixo o meu silêncio, jamais a minha ausência, por mais que eu tenha que sair as pressas...

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