Eu
não queria sentir tuas dores, ser tão intimo da tua nervura... Eu
queria ter uma força cativa. Eu não interpreto um cadáver egoísta,
eu não um drama protagonizado por santos ou um robô criado para ser
preenchido por entranhas. Tenho para quem chorar, sei de quem pode
chorar por mim e convulsivamente, sou teu cúmplice aflito e
envolvido por rebuscada (?) tormenta. Não lembro mais do que você
me disse, mas eu lembro e por um curto prazo eu tive a certeza de
desejar ser frio e ao derreter, pelo calor do mundo, evaporar e
voltar ao iceberg, aos pontos mais gelados desse universo. Não
haveriam de notar minha falta. Diante de mim, hoje, notei que
marcham tropas inteiras, passam ao longe galeões de madeira nobre
cujas velas desfraldadas possuem uma figura esférica que detona
direção. Parto ou fico? Deixo algumas poucas noites escritas com
todos vocês? Continuo por essa viela lúgubre e sufocante ou me
permito respirar o hálito fresco de novos lugares? Tantos tons
desafinados de despedida e impactos que encerraram algo que não
havia começado e que iniciam um pranto que nunca havia terminado.
Deixo
o meu silêncio, jamais a minha ausência, por mais que eu tenha que
sair as pressas...
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