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sexta-feira, 8 de abril de 2011

Na falta de palavras...

Cada palavra é uma vida, uma duração, um singelo, poderoso movimento e caso você queira, é dogma.
Gestação de palavras, impossíveis de antecipar, mas tão adiantadas naquilo que me debruçarei em seguida.
Leio. Amarroto-as, encontro suas lacunas, abismos, labirintos e universos.
Algumas desfalecem, morrem ao fim de uma leitura.
Outras nos avassalam.
Algumas poucas nos deixam sem saber o que dizer.
E essas são as que mais nos importam em saber.

4 comentários:

Caah disse...

então vc quer ficar sem palavras atráves das palavras de outra pessoa?

Lerichsen disse...

Pode ser isso também. Amarrote, dobre as palavras que eu escrevi.

maik disse...

Um bom texto...
Acho eu que ler algo, não importa o que seja, é um processo de morte calculado. Cada palavra lida, num espaço de tempo, será esquecida.
O melhor de tudo é esquecer...

K. disse...

E o escritor, ele foge da morte? Porque escreve, não para ser esquecido... mas precisamente, para lembrar, ou perpetuar algo, que tarefa vã...