O introspectivo em silêncio
Só escuta e nada fala
Cada palavra dita em melancolia
De tão devagar atinge o nada
Seus urros sonolentos
No escuro do banheiro
Lágrimas de tormentos
Estremecia por inteiro
Amar e (n)(?) ser amado
Mordem os dedos
No olho marejado
Frágil em expor os medos
A fria parede
Que a febre esfria
Não chorou muito
Mas expirou a dor que sentia
Habitavam florestas
Penhascos e desertos
Fossas e quentes testas
Mas mantinham corações abertos
Viviam a anos
Orgulho, teimosia
Morte, fragilidade
Ciumes e possessão
Com seus próprios pés
Embaixo da cama
Dentro do guarda roupa
Monstros cujo sangue derrama
Infantil, obsceno
Esconde-se na sombra
Fruto de tanto medo
E um vigilante que o ronda
Vejo faz tempo
Internos e desalmados
Vejam vocês agora
Estes monstros malfadados
2 comentários:
Deuses, eu sou um monstro.
Mas o seu texto... queria ter essa métrica.
Abraço!
Esses mosntros que você descreve, alguns vivem dentro de mim, mas abandona-los me faz livre.
Postar um comentário