quarta-feira, 23 de setembro de 2009
Ar dor
Se nem a minha alma compreendo
Das conjecturas do mundo onde as flâmulas refletem
Em solo que germes consomem
Idolatrando estruturas
O fim antes do começo do fim da verdade
Da ponte ao poente, da conexão ao isolado
O ar pesado que sufoca
Da triste noticia que transborda realizações
A agua suja que engasga
Do direcionamento e do momento
Da terra inculta
Agitação ansiosa e confusão de pensamentos
A dor não precisa de perspectivas
A esperança em fios de água, que escorrem no rochedo das escolhas
Se faz turbilhão ao encontrar quem
Em meio a toda indecisão, ainda se faz presente de tentar
E dão o fôlego para continuar
Por mais que existam tropeços, devaneios e confrontos
Ainda caminhamos, navegamos contra o vento do progresso
E alcançamos a ave de rapina
Além de sonhos
De sinais e placas
Em meio ao platô
Sereno e confuso
Para sempre ser fragmento, fragmentado e recriado
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
Para meu amigo, os quatros que's, conjugações verbais e matérias transformadas.
Das lembranças que tivemos, das experiencias que compartilhamos, das incertezas que contamos
Relogios de parede, ponteiros cada vez mais rápidos,
Como as águas de um turbilhão ou fogo que consome papel embebido em combustivel
Do pequeno convite, aos botoes incontrolados sendo pressionados no jogo
Aqui começaria uma força, uma força que continua a 8 anos, talvez mais, talvez menos
É dificil ser exato, exatos são os momentos dividos e as risadas compartilhadas
As conversas proporcionadas, a confiança perpassada e recontada
Ver sua felicidade meu amigo, é ver-me feliz
Saber que você merece as expressões de amor e das paixões
Nunca inócuos e sempre compreensivos
Tardes ensolaradas de domingo e chuvas que fazem das ruas espelhos
Dos abraços sinceros e dos apertos de mão confiantes
Lembro-me e sinto o peso cair sobre minhas costas
Um poema é pouco a se fazer para tentar responder a toda essa nossa amizade
É o fardo mais pesado que podemos carregar, mas é o que mais desejamos estar conosco
A vontade de um abraço e o sopro de confiança ao contar
Aos ventos desembrulhar, dessa ingrime escalada para um cume cada vez mais alto
De certeza comum que a queda seria dolorosa, mas sempre uma mão estendida para segurar
É saber que amor metafísico da amizade, se materializa em provas concretas
Do cimento do edificio que ainda ecoam as gargalhadas e as lembranças
De um corredor extenso que se reconstrói e fortifica seus alicerces
O peso de escrever algo bom recaí sobre mim novamente
São inspirações que faltam? Poço seco de idéias?
Lembra-te, recorde-se.
Não mataria mas não deixaria morrer
Sempre foi convidar sem medo, arriscar em passos em uma escuridão de chão poroso
Sabendo da compreensão e ao qual nunca falaciei e nunca irei
Expor as costas nuas e saber que nunca há de vir um punhal
Das distâncias, que convenhamos, nem tão distantes
Mas fragmentárias e enfraquecedoras
Que não conseguem destituir algo tão solida como aço e transparente como puro vidro
Do crescimento conjunto, do crescimento do córtex e das discussões encaloradas
DO erro cometido que é sombra que ainda persegue
Das melodias embaladas como o sino que declara aos ceús a meia vida
Das telas em preto & branco que não mediam a estética
Melodias indicadas e que sejam parte de sua cognição!?
A limitação das palavras, me limita a me expressar, nessa tentativa talvez falha
Que enquanto escrevo, reconheço que sua amizade meu amigo,
é grande demais para ser simplesmente escrita ou proclamada em júbilos
Ou rimas pobres e sentimentos virtuais
Carrego comigo, até o túmulo nossas lembranças e memórias
Que virão de crescer cada vez mais e se fortalecer como se construíam castelos
Que este texto seja o pedaço de um gigante e crescente quebra cabeças
Que com audácia digo, que posso te chamar da maior e mais verdadeira amizade
Que tenho, terei e já tive.
Ando bem sem vontade de escrever, então um texto que escrevi a um tempo atras para um grande amigo. Com certeza está cheio de erros de português, mas nesse momento, nem vontade de escrever eu tenho, quem dirá corrigir erros de português.
Amo vocês.
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Dor
Por aquilo que eu talvez não poderei mudar.
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
Da compreensão(?), a escolha e do sofrimento dubitável
Dessa faca agora não cortante, mas que infligiu profundas feridas
Procuro esperanças em uma poça que seca cada vez mais
Esfregar as mais finas gotas nos lábios mais ressequidos
Ressecados de desgosto, tristeza, deprimidos e embebidos de ódio
Oh labirinto sufocante, sinto-lhes informar ao labirinto e a vocês
Não hei de me render
As correntes que prendiam, serão as armas
Para a defesa, nunca para o ataque
Vida regada com sobrevivência
Um dia morrer, mas nunca mais ter matado ou proporcionado
Sinto-lhes informar, não quero ser mais parte disso
Não comerei de sua carne, não adiantarei sua finitude
Não quero fazer disso tudo púlpito ou masmorra
Pregar ou ser pregado em praticas prisionais
Sinto que devo dizer isso, para que as palavras não me degolem
São minhas verdades conflituando-se com as vossas e "instituídas" verdades
Com questões que envolvem como sombras, e mostrando a densidade dessas paredes
E da ausência de luz que nos encontramos, e em atos encontramos brechas
Inalo profundamente minhas lembranças
É como dar o último suspiro, enquanto a cova é coberta de terra
Nessa vida, na sociedade que sepulta a todos com vida
Mas que espero que sempre tenhamos aqueles
Que puxem nos novamente para a superfície de encontro ao ar hoje não tão puro
E que por mais que fiquem cicatrizes, o corpo ainda tem muito intacto.
Ei ainda de querer me machucar
terça-feira, 21 de julho de 2009
Recordação e reacendimento
Que inspirar uma vontade e consegui-la
É não se importar se vão rir ou se vão gostar
É viver para si
É conhecer o seu íntimo
É não prejudicar a ninguém seja animal ou humano, e nem a si mesmo
Alentar a consciência
Entender por que não se acha
E quando se força, encontrar a resposta
Ver que você inspira o ardor da chama da alma que carrego
Da vontade juvenil, da juventude iterminável
Do compreender por que sonhei, por que escolhi e não desisti
Das imagens que passam na mente, como em cenas de um filme mudo
Flashbacks de vontades, de esperanças que até agora me pareciam pueris
Ao passear a noite e nada encontrar, do espaço ruído
Da acrópole do capital, sem nada a querer desfrutar
Lembrar do porque, eu escolhi, por que o cantar se faz tão intenso e avassalador
Não se importar se é inibição, se o texto é ruim, se o frescor da brisa, dessa noite de inverno ira gelar meu sangue
Se me aqueço, enobreço a vontade.
Lembre-se Lucas, lembre-se.
Não deixe que a apatia lhe tome conta
Quem era você? Onde está você que compreendeu que mudando seu mundo, já seria um inicio a lhe bastar!?
E eu tolo, que havia saído andar, poesia a torcer, quando se eu esperasse a resposta
Encontraria o que escrever.
Não foi nas sensações que presenciei hoje ao andar
Foi ao relembrar do que fiz e do que já pensei.
Onde foram todos os nossos sonhos? Aquilo que carregávamos conosco? Escorreram em um ralo pútrido de apatia?
Se isso for o mundo real, quero a minha passagem para a ilusão.
Que ainda resida a alma do dissidente dentro de cada um. E ela se pergunte, se há como reverter o que nos tornamos!?
Quanto mais nojo sinto da humanidade, mas me fascino com alguns seres humanos
Mas nunca exerço auto-fascínio.
quarta-feira, 15 de julho de 2009
Das ausências, das vontades, dos erros, dos pensamentos, da prisão. Do que é?
O sono que não vem, e quando vem, é abrupto, interrompido, acompanhado do esvaziamento, do choro, do rasgar, do arame mais afiado a perfurar, espremer e fazendo sangrar o mais intimo dos orgãos, o céu de vontade, de sentimentos espontâneos e que agora não geram mais a felicidade e nem menos alivio e sorrisos.
Que não se tornem rotinas, o bom. Sim... O bom de tudo, é que o tônico de segurança foi tomado e suas gotas escorriam garganta abaixo, e ficarão por um bom tempo, talvez até o seguir da vida, para além da morte, na continuidade da existência.
Ao menos para mim, é bom... Sim, foi bom. E doem, como farpas embaixo das unhas, como a respiração que não consegue ser profunda, a falta de ar estupidamente mortal após a subida mais íngreme em busca do cume. Um cume que não vem, por erros meus? Talvez eu tenha feito certo ao menos dessa vez, caramba, se não for isso, não sei o que fazer e talvez viver seja alguma outra coisa ainda para tentar.
A vontade.
Um sonho.
Que viver sonhando é bom, deixa a vontade viver dentro de cada um acesa, seja entidade, individuo, dividuo, sujeito ou quem sabe pretérito perfeito.
A perfeição, inatingível, tentativas falhas da vontade de alguns, mas é a vontade, ainda é. E por "simplesmente" ser, já vale algo.
Mas sonhar, de tão bom que possa vir a ser, deixa-nos somente sonhando.
Mas se todos os sonhos, se realizassem, haveríamos de sonhar?
Posso entregar a você que lê, e a você que sabe que estou falando diretamente, mais poesias, mas não são para esse momento, são para o posterior, é algo a guardar e aguardar.
Não estou mais conseguindo guardar as palavras,novamente, que eu as não fale de uma vez. Agora seriam ditas, faladas.
E erramos.
segunda-feira, 13 de julho de 2009
Contato Imediato
Contato Imediato
Arnaldo Antunes
Composição: Arnaldo Antunes / Marisa Monte / Carlinhos Brown
Peço por favor
Se alguém de longe me escutar
Que venha aqui pra me buscar
Me leve para passear
No seu disco voador
Como um enorme carrossel
Atravessando o azul do céu
Até pousar no meu quintal
Se o pensamento duvidar
Todos os meus poros vão dizer
Estou pronto para embarcar
Sem me preocupar e sem temer
Vem me levar
Para um lugar
Longe daqui
Livre para navegar
No espaço sideral
Porque sei que sou
Semelhante de você
Diferente de você
Passageiro de você
À espera de você
No seu balão de são joão
Que caia bem na minha mão
Ou numa pipa de papel
Me leve para além do céu
Se o coração disparar
Quando eu levantar os pés do chão
A imensidão vai me abraçar
E acalmar a minha pulsação
Longe de mim
Solto no ar
Dentro do amor
Livre para navegar
Indo para onde for
O seu disco voador