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sábado, 29 de setembro de 2012

Sobre ontem


Antes parecia haver algo de poesia, a agonia pertencia ao préstito dos homens e ao banquete dos demônios.
Vazio como a casa pegando fogo, como uma casca da fortaleza do oco. O que há de vivo é a minha tolice que sai por um rubor da face esquerda. Há sangue que não corre e muito menos escorre.
Quais proveitos faço do despotismo da felicidade? Inclusive a felicidade autoritária é infeliz.
Se quando venho do silencio, do que perturba, de uma dor e da vontade imediata de inexistência que como um ardiloso veneno e que escancara o ventre de uma desejosa solidão a qual parece ser mais possível de meu deleite. Mas só há eu em meu pensamento, já que não existem operações suficientes para fugir da solidão da alma.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

(M)Eu falo de mim


Falo
Pelo falo
Pelos pelos
Pelos ouvidos
Pelos apelos
Pelos afetos
Pelos humores
Pelos odores
Pelo tato
Falo, digo, falo
Pelas paixões
Pelas línguas
Por tantos e de tantos eu's eu falo
Eu falo de mim
Mim é verbo
Pois onde se fez o verbo
Há, eu, deuses e universos.

Devir

Devir

Há um devir em mim,
E agora não há mais.
Pois só, talvez o sei,
Quando o coração de outrem
Bateu dentro do meu eu.

Experimentações.